Há coisas fantasticas, não há ?

Serra Amarela

Começamos a caminhar na aldeia de Ermida pela 10h20, consultadas as cartas e tiradas as duvidas do melhor local para começarmos, la arrancamos em direcção a Bilhares. O caminho que nos leva à Brenda de Bilhares é sem duvida de uma beleza inigualavel, o bosque, de bétulas, sobreiros e pinheiros salpicados por liquenes, faz a imaginação recuar à idade média.

Chegados à Brenda de Bilhares (pastos e abrigos de pastores a norte da aldeia de Ermida, que serviam de habitação aos pastores desde o fim de Junho até ao final de Setembro), trocamos impressões com um pastor (o primo do Zé, conforme ele fez questão de se apresentar) e seguimos em direcção ao Porto da Lage. Do Porto da Lage até ao inicio do estradão que nos leva as antenas fomos seguindo as sempre mui fiaveis mariolas e num ápice já la estavamos. O inicio deste estradão é marcado por duas casas de pastores e seus respectivos pastos (um exemplo estas duas casas, sem zincos ou cimentos) e por um pequeno altar com a imagem de Sto. António. Aí trocamos impressões com uma familia que estava a almoçar que nos questionaram se nos tinhamos cruzado com uma vara de javalis. Tal foi o nosso espanto quando nos disseram que momentos antes de subirmos o pequeno declive que dá acesso a esse altar, eles viram 5 javalis na nossa direcção e que de certeza que se tinham cruzado connosco. Nada vimos, infelizmente eles é que nos viram a nós e de certeza que nos evitaram.

Seguimos viagem pelo estradão, já com a noção de que seria muito dificil atingirmos a antenas devido ao adiantar da hora, decidimos continuar nessa direcção até acharmos que seria imperativo voltar devido ao anoitecer. Penso que devemos ter ficado a 2 ou 3 Km´s das antenas. Foi por pouco. Paramos então num local já com vista para a barragem do Lindoso e onde podiamos ver também toda a imponência do maciço do Gêres. Magnifico!

Iniciamos então a descida e vimos duas aves de rapina que sobrevoavam junto as antenas (o porte que ostentavam levava a crer tratar-se de duas águias). Descemos então de novo todo o percurso e já junto ao Porto da Lage foi fantastico perceber que a luz do sol poente intensificou toda a beleza desta zona (o RuiN ficou nas suas sete quintas, ele e a maquina que sempre o acompanha) criando cores e texturas indescritiveis.

Eram 17h45 quando chegamos de novo aos carros, perfazendo um total de 6h25 de caminhada (uma hora de almoço).

Desta vez não há GPS visto que o operador adoeceu assim como mais dois MA (Pomatum, Sprong e Cap. Otelo).

Penso que será justo repartir algumas coisas que os nossos olhos viram...