IIª Arqueoexpedição às Minas dos Carris

A convite do Rui, tivemos o maior prazer em participar na IIª Arqueoexpedição às Minas dos Carris nos dias 30 de Abril, 1 e 2 de Maio.



Tinhamos programado começar a subida às 14h mas por diversos motivos só o conseguimos fazer as 20h... Hora exacta do um forte aguaceiro que nos acompanhou durante a primeira meia hora de subida.

Ao contrario dos nossos companheiros de caminhada que efectuaram a subida mais tarde, não tivemos o prazer de abdicar dos frontais.
Até as 23h30, hora da chegada, foi completamente impossível abdicar de iluminação artificial, pois a lua estava escondida pelas nuvens baixas que teimavam em abandonar a zona, só já instalados e por volta das 00h30 lá a conseguimos ver por breves momentos!

Aí, 6ºc e um vento frio e húmido nos esperavam desencorajando qualquer prepósito que não fosse dormir e descansar para o dia seguinte.

Aos poucos, os restantes foram chegando, tendo todos eles um pouco para contar nesta subida nocturna.

A todos ouvi chegar mas nem todos tive coragem para por a cabeça de fora, pois por volta das 4h30 já só um olho se abria e o vento e a chuva (que entretanto tinham regressado) assim estipulavam tal qual guardas magnânimos na defesa das suas hostes.

O fim-de-semana decorreu conforme planeado e penso que os objectivos de completar um pouco mais a historia das Minas dos Carris, foram cumpridos!

No domingo efectuamos a descida por voltas das 14h30, tendo chegado à ponte de S. Miguel por voltas 17h30.

Na descida, contemplando o magnifico vale do Homem, um latido de cão chamou a nossa atenção... um cão? sozinho? aqui? porquê? Eram as perguntas que se impunham! Num outro olhar mais atento uma corça saltitava na encosta oposta. Um cão a ladrar a uma corça? sozinho? aqui? porquê?

Sem as resposta lá continuamos até ao destino onde por diversos meios tentamos captar a tão esguia rede móvel que nos escapava obrigando assim a subir mais uns metros para a Portela do Homem onde usufruímos da rede de nuestros hermanos para chamar o taxi que inicialmente nos tinha lá levado.

Em conversa com o taxista, lá percebemos as respostas às perguntas atrás feitas...

"É practica comum já desde o tempo do meu avô que era guarda florestal, como é proibido caçar corças aqui no PNPG, os caçadores treinam os cães para as empurrar vale acima até à fronteira onde do outro lado podem ser caçadas livremente"

Lá estão as tais respostas ao mistério do cão que ladrava decidido e convicto do que estava a fazer... e estava a fazer bem, pois estava efectivamente a fazer com que a corça subisse o vale!

Já não basta o acto cobarde de as caçar de forma desigual, como ainda as empurram para locais onde passivamente e provavelmente alcoolizados (como é bom habito de muitos caçadores, bêbados e de espingarda na mão, que cocktail fantástico!!!) as esperam fazendo-as cair como tordos!!

Ao menos podiam caçar como Homens!

Abaixo algumas fotos, destacando a sempre magnifica vista para a Nevosa e vale das Negras.

















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