Ontem foi possivel verificar em Seia no PNSE um dos efeitos imediatos dos incêndios, o perigo das enxurradas. Com a maior parte da flora consumida pelo fogo, não há o factor suporte de terras o que provoca nas encostas verdadeiros rios de lama assim que aparecem as primeiras chuvas.
No caso do PNPG, é de salientar que este problema será concerteza um aspecto a ter em conta, principalmente porque falamos de uma zona com elevados indices pluviométricos ou não fosse apelidada de barreira de condensação.
Relembro que toda a encosta oeste do vale das Caldas do Gerês ardeu, desde a Central Hidroelectrica de Vilarinho das Furnas (inicio da albufeira da Caniçada) até ao Vidoeiro.
A situação na Serra Amarela, nomeadamente as zonas de Germil, Ermida, Louredo e Sobredo, podem também ter problemas semelhantes assim como algumas zonas na Serra do Soajo.
Nas visitas "velatórias" do Sr. Ministro da Agricultura efectuadas ao PNPG e ao PNSE foi visivel uma diferença enorme (que se pode explicar por uma questão de competências, ou não...) nos assuntos focados. No PNPG falou-se de ajudas financeiras a locais consoante as areas de actividade. No PNSE falou-se de reflorestação, recuperação dos solos...
Na questão dos apoios (imperativos como é evidente) deveria / deverá ser acautelada uma situação que já se verificou aquando da atribuição de compensações aos pastores que viam o seu gado atacado por lobos, estes apoios não são uma fonte de rendimento, são uma compensação pelo sustento perdido...
Ainda não foi possivel ouvir da parte do PNPG e ICNB, qualquer comunicado sobre quais as acções a tomar no imediato, tanto preventivas como de recuperação. Apenas relatorios provisorios... a continuar assim, talvez provisório seja o estatuto de Parque Nacional!
Estará o Estado realmente interessado em manter um Parque Nacional?
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